Intolerância religiosa

France Presse

01/07/2010 14h18 - Atualizado em 01/07/2010 14h18

Intolerância religiosa é o "novo racismo", alerta ONG

France Presse

LONDRES, 1 Jul 2010 (AFP) -A intolerância religiosa se tornou uma das principais causas de perseguição das minorias no mundo, segundo o relatório anual da organização não governamental Minority Right Groups International (MRG), divulgado nesta quinta-feira, em Londres.

Segundo a ONG, o aumento do nacionalismo religioso, a marginalização econômica e os abusos derivados das leis antiterroristas estabeleceram uma pauta crescente de perseguição das minorias religiosas, que devem fazer frente regularmente a ataques, detenções, torturas e restrições de suas liberdades fundamentais em todos os continentes.

"A intolerência religiosa é o novo racismo", declarou Mark Lattimer, diretor da MGR.

"Muitas comunidades que enfrentaram discriminações raciais durante décadas são agora perseguidas por causa de sua religião", acrescentou.

O relatório sobre o "Estado das Minorias e Povos Indígenas no Mundo 2010" destaca que os muçulmanos nos Estados Unidos e na Europa são das minorias que mais sofreram com o aumento dos controles estatais e as campanhas celebradas por grupos de direita ou de extrema direita.

Após o atentado fracassado do dia do Natal por um nigeriano em voo procedente de Amsterdã que se dirigia a Detroit (Estados Unidos), as autoridades americanas decidiram controles especiais nos aeroportos para cidadãos de 14 países, 13 deles predominantemente muçulmanos.

No Iraque e no Paquistão, dois países que estavam na mira da chamada "guerra contra o terrorismo", lançada pelos Estados Unidos e seus aliados, após os atentados de 11 de setembro de 2001, os ataques contra as minorias religiosas, como os cristãos, também se multiplicaram.

Outro problema para as minorias são as leis que, em número cada vez maior de países, obrigam os cidadãos a registrar sua religião.

No Egito, por exemplo, o governo exige que todos os documentos de identidade tragam a afiliação religiosa do portador, mas só oferecem como alternativa as três religiões reconhecidas oficialmente: muçulmana, cristã e judaica.

O informe destaca que desde 2001 vários países, entre eles Bielorrússia, Sérvia e Uzbequistão, para citar apenas alguns, introduziram ou emendaram leis de registro religioso, o que para Lattimer representa uma forma de os Estados "vigiarem e controlarem as comunidades religiosas".

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/intolerancia-religiosa-e-o-novo-racismo-alerta-ong-1.html


Presos dois homens acusados de intolerância religiosa
A polícia informou que eles seriam os responsáveis pela invasão a um templo espírita no ano passado no Catete. O lugar foi revirado e todas as imagens destruídas.

 

A polícia prendeu nesta sexta-feira dois homens acusados de intolerância religiosa. Segundo a polícia, este é o primeiro caso de prisão por intolerância religiosa no país. 

O pastor Tupirani da Hora e um rapaz que frequenta a igreja, chamado Afonso Henrique, foram presos ontem à noite, logo após um culto que acontece na Igreja Geração Jesus Cristo, no Morro do Pinto, na Zona Portuária do Rio. 

A polícia informou que eles seriam os responsáveis pela invasão a um templo espírita no ano passado no Catete. O lugar foi revirado e todas as imagens destruídas. 

A delegada que investiga o caso disse que os envolvidos também tinham um vídeo na internet com apologia contra pais de santo. 

“O que a gente verificou é que esse vídeo estaria incitando toda uma intolerância religiosa. 
Na realidade é um criminoso que utiliza a internet para tentar angariar esses discípulos. E o que a gente tem no fim aí é uma incitação muito grande a violência ”, afirma a delegada Helen Sardenberg. 

Eles negam as acusações. 

“Eu não incito o ódio. Isso é uma má interpretação. Se eu incitasse o ódio, não poderia ser discípulo de Jesus Cristo. Eu acho que eles têm todo o direito de expor a ideologia deles. Eu tenho três amigos pai de santo que eu tenho certeza que estariam dispostos a vir testemunhar por mim“, defende o pastor Tupirani. 

Os dois vão responder por crime de intolerância religiosa. A pena varia de dois a cinco anos de prisão.

 

Fonte: http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL1201667-9097,00.html


Chamar vizinho de macumbeiro dá condenação por intolerância religiosa

Filho de santo Marcelo Gomes deverá receber R$ 3 mil de indenização.
Réu, mecânico Mauro Monteiro Pinto, poderá recorrer da sentença.

O filho de santo Marcelo da Silva Gomes entrou com uma ação na Justiça contra o seu vizinho, o mecânico Mauro Monteiro Pinto, alegando que foi ofendido sua religião, o candomblé, quando ele estava fazendo uma oferenda em Paty de Alferes, no Sul Fluminense. Segundo a sentença, o mecânico teria chamado o filho de santo de macumbeiro e o xingado com palavras de baixo calão.

 

 

A Justiça condenou o mecânico Mauro Monteiro Pinto a pagar uma indenização no valor de R$ 3 mil, como conseqüência aos danos e sofrimentos experimentados pelo filho de santo. O advogado de Marcelo, Carlos Nicodemos, argumenta que todos os indivíduos têm o direito à liberdade religiosa, sobretudo no Brasil, por se tratar de um estado laico.


A juíza que concedeu a sentença, Katylene Collyer Pires de Figueiredo, argumentou que a disseminação da intolerância religiosa em uma comunidade, a toda evidência, acarretará insegurança social, havendo de ser rigorosamente rechaçada. O mecânico pode recorrer da sentença
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Fonte :http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL850621-5606,00-CHAMAR+VIZINHO+DE+MACUMBEIRO+DA+CONDENACAO+POR+INTOLERANCIA+RELIGIOSA.html


 

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