Senhor dos raios, relâmpagos e trovões, Xangô, o quarto rei de Òyó, teve seu culto iniciado nessa cidade e rapidamente expandido por todo o território iorubá, vindo a ser um dos orixás mais cultuados de todos. Considerado feroz, generoso, provedor de filhos, dinheiro, curas e, especialmente, justiça, abomina falsidades, mentiras, roubo e envenenamento. É identificado com o orixá Jàkúta (Aquele que briga com pedras), a primitiva divindade dos raios, relâmpagos e trovões. Somente os bàbá-mogbà, sacerdotes de Xangô, ou as ìyá-Sàngó, suas sacerdotisas, podem responsabilizar-se pelos ritos fúnebres realizados para as vítimas de raio. As punições de Xangô são consideradas nobres e as mortes por raio não devem ser lamentadas. Sendo a casa atingida por um raio, seus moradores se afastam dela temporariamente, cedendo lugar aos sacerdotes de Xangô para que ali realizem os rituais necessários. Vejamos alguns de seus orikis:


Sàngó Olúàso àkàtà yerìyerì.
Xangô, cujo poder está espalhado por toda parte.
Olúkòso, éégún tí n yoná lénu.
Xangô, o dragão faiscante, a divindade que lança fogo pela boca.
Sàngó Olúàso.
Xangô, aquele que reúne (também traduzido por dragão faiscante).
Omo olómi tí njé Iyemoja.
Filho da Mãe d'Água que se chama Iemanjá

 

Fonte : Centro Cultural Oduduwa

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