A descoberta de novos mundos por parte de Portugal, Espanha, Holanda, França e Inglaterra trouxe consigo a escravidão do povo africano. Em nome dos brancos, a raça negra foi comercializada como objeto e sua liberdade ceifada para o "bem do progresso do homem branco". Os negros africanos foram levados para trabalharem a serviço do homem branco basicamente em plantações dos países colonizados. Quase a totalidade da costa africana foi afetada pelos traficantes coloniais que invadiam as aldeias e subjugavam sua população em busca dos negros mais jovens, fortes e saudáveis para serem vendidos às colônias.

Podemos chamar de HOLOCAUSTO AFRICANO o período onde o lucro do tráfico negreiro durou, perto de quatro séculos ( do século XV ao XIX), onde vários estudos apontam entre 65 a 80 milhões de vidas africanas foram ceifadas. Uma dívida cármica muito grande para várias e várias gerações, principalmente àquelas que mais se dedicaram a fazer dos negros seus escravos e submetê-los a toda a sorte de humilhação. Nota-se que este número é mais expressivo ainda quando levamos em consideração que os negros que perderam suas vidas nestes séculos de holocausto, eram os mais fortes e suas nações. O mundo tem uma grande dívida com a África e chegará o tempo em que ela será cobrada, com toda certeza.

Preto Velho"Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos! Em troca de seu trabalho os negros recebiam três "pês": Pau, Pano e Pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães-do- mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, simbolicamente, à dominação. A "macumba" era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi (protegido de Ogum)." ( Sociedade Espiritualista Mata Virgem)

 

A falange do cativeiro

Para o Candomblé e Culto aos Orixás os Pretos Velhos representam os Eguns ( espíritos desencarnados) e não possuem cultos apropriados à eles, somente são cultuados na Umbanda e em casas Kardecistas. Há muita confusão entre os vários templos e sacerdotes na tentativa de estabelecer exatamente as origens autenticas da falange dos Pretos-Velhos, contudo o mais importante para o nosso entendimento é o entendimento de que estes espíritos são genuínos representantes de nossa ancestralidade e não necessariamente escravos. No culto aos Pretos-Velhos, na verdade estamos conversando com uma energia ancestral, muito paciente, zelosa, humilde, resignada, amorosa e caridosa. É por esta razão que normalmente as giras de Pretos dentre as demais, são as mais procuradas nos templos. Estes espíritos abnegados sabem como ninguém lidar com as aflições humanas, nos ensinando a ter paciência, força de vontade e determinação.

Quando você consultar com um Preto Velho não esqueça, fale com o coração e não com sua boca.

 

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Salve o povo do cativeiro !

Adorei as Almas

 

 

 

 

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