Oxossi é um Orixá muito importante para os Yorubás, já que a abundância da caça e, portanto, de alimento depende dele, além disso, é no seu domínio que se encontram as ervas medicinais e as ervas sagradas, os remédios e os venenos, pertencentes a Ossaim. Por isso os dois Orixás estão sempre ligados. O terceiro motivo que justifica sua importância é de ordem social. Normalmente, são os adequados para uma nova fazendo ou para a construção de uma nova cidade. E são os caçadores e seus familiares os primeiros a se fixarem no local descoberto, tornando-se os donos da terra.

Aqueles que permaneceram em Ketu deixaram de cultuá-lo por não se lembrarem mais como realizar os ritos apropriados ou por passarem a cultuar outras divindades.

Durante a diáspora, muitos escravos que cultuavam Oxóssi não sobreviveram aos rigores do tráfico negreiro e do cativeiro, mas, ainda assim, o culto foi preservado no Brasil e em Cuba pelos sacerdotes sobreviventes e Oxóssi se transformou, no Brasil, num dos orixás mais populares, tanto no candomblé, onde se tornou o rei da nação Ketu, quanto na umbanda, na qual é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião. No Rio de Janeiro, é sincretizado com São Sebastião, patrono da capital carioca e, na Bahia, com São Jorge.
Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde na umbanda e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada nesse último. Sendo assim, roupas, guias e contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais como penas e sementes.
Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha), lanças, facas e demais objetos de caça. É um caçador tão habilidoso que costuma ser homenageado com o epíteto "o caçador de uma flecha só", pois atinge o seu alvo no primeiro disparo tamanha a precisão. Come tudo quanto é caça.

Fonte: Caminho dos Orixás

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