Egbé, dentro do contexto yorubá, é uma referência a um coletivo, grupo ou sociedade composta por seres espirituais que são cultuados ou invocados para auxiliar e proteger os vivos. Esse conceito está mais relacionado à ideia de comunidade espiritual do que a um orixá específico, como aqueles com funções e características bem definidas dentro do panteão yorubá.
Egbé representa a sociedade dos amigos espirituais. Eles são considerados guardiões e protetores das famílias, auxiliando na transmissão de sabedoria, na proteção espiritual e no equilíbrio emocional dos vivos.
Esses espíritos ancestrais são lembrados e homenageados em rituais, especialmente em cerimônias que celebram os ancestrais e que reforçam os laços espirituais com a linhagem familiar. Acredita-se que o culto a Egbé fortaleça os vínculos com os antepassados, permitindo que eles continuem a desempenhar um papel positivo e protetor na vida dos vivos.
É importante mencionar que, embora Egbé seja uma referência aos espíritos coletivos ou aos antepassados, não é comum tratá-lo como um orixá individualizado, como os que possuem cultos específicos e atribuições definidas na religião yorubá. Essa ligação com os ancestrais e a espiritualidade familiar é um aspecto significativo na prática e na crença yorubá, ressaltando a importância dos laços espirituais ao longo das gerações.